Escrevo. Artigos, entrevistas, reportagens, ensaios, crónicas ou livros, mas também participo regularmente em seminários, debates, formações, consultorias ou conferências.Gosto do campo, cresci no subúrbio, vivo em Lisboa.

Interessa-me o não cartografado, o que ainda não tem nome, o que está em movimento. Importam-me as ideias, estejam elas ancoradas na música, nas artes, na comunicação, na política ou no urbanismo. Desejo que as prateleiras onde passamos o tempo a arrumar a realidade se quebrem. Interessa-me mais as perguntas do que as respostas.

A originalidade está nas ligações não entrevistas, nas dobras e deslocamentos, e não em noções romanceadas de genialidade. Todas as formas de conhecimento são parciais, não alcançando, por si só, os ângulos e as inúmeras experiências da realidade.

Depois da formação em antropologia e sociologia, e de muitos anos de jornais e comunicação, regressei à Universidade, à música como lugar de experimentação social, a redes de investigação lusófonas, a projetos onde a reflexão cultural se mescla com questões sociais ou políticas mais amplas.

Acredito que é possível decifrar, significar ou comunicar, de forma simples, realidades complexas.