Ensaios, entrevistas, reportagens, reflexões, de hoje, e do passado presente, sobre cultura, música, artes, ideias, sociedade e política. Porque isto anda tudo ligado.

Um País a Desmoronar-se e a Ópera Crioula de Dino e Adilson a não Deixar
Estreou esta sexta-feira, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a ópera “Adilson”, desafio de John Romão a Dino d’ Santiago, no contexto da Boca Bienal. E a emoção aconteceu, com a história de Adilson Correia Duarte, amigo de Dino, há 41 anos a viver em Portugal e ainda sem ter conseguido alcançar a nacionalidade portuguesa.

Um Prazer Esquecido: Conversar
Quase nunca existe tempo para um diálogo estirado nesta época produtivista. Há muitas interações, mas a dispersão é a norma. Se é assim numa conversa privada, na esfera pública é pior.

30 Anos de ‘French Touch’
Foi por esta altura, há 30 anos, que a música popular de tendência eletrónica, feita em França, se transformou num fenómeno global, revelando nomes como os Daft Punk, Air, Motorbass, Cassius, St Germain, Alex Gopher, Etienne de Crécy, Dimitri From Paris, Sebastien Tellier, Justice e muitos outros. Foi a meio dos anos 90 que tudo começou.

Depois do Desastre, Falta o Debate: Lisboa, que Futuro?
O desastre do ascensor da Glória vai dominar o clima pré-eleições em Lisboa. São más notícias. Num momento decisivo para a cidade, o debate de propostas e ideias não deveria ser esquecido. É o futuro que está em causa.

Deitar e Acordar com Max Richter
A monumental obra “Sleep” de Max Richter, jornada musical de oito horas e meia, imaginada para se ouvir a dormir, ou no estado liminar entre o acordado e o adormecido, vai ser apresentada, numa experiência que assinala os 10 anos de feitura de uma obra que continua a provocar fascínio.

Para Onde Vamos? Vamos Juntos?
Não é apenas no território Tróia-Melides que tem de existir um despertar. Não é uma luta fácil, todos o sabemos, mas enquanto houver gente com vontade de mudar, vamos continuar. Vamos juntos?

Esplendor na Relva com Blood Orange
Um álbum em estado de graça: “Essex Oney” de Blood Orange.

Baby, o Álbum de Dijon, para Refrescar o Verão
Ainda não tinha saído nenhum daqueles álbuns que são capazes de refrescar o Verão com o balanço certo. “Baby” de Dijon pode ser um desses discos.

O que Poderia ser um Partido de Esquerda para o Futuro?
A direita brutalista ganha terreno por todo o lado. A esquerda tem reagido, tentando preservar o que é posto em causa, mas não tem sido capaz de enunciar novos horizontes. Mas existem alguns sinais encorajadores de possibilidade de inversão da tendência.

A Transmissão do Saber Tecno no Neopop
O tecno sempre habitou na tensão entre ser resistência ou evasão. Hoje essas realidades estão integradas, até onde é possível, graças a Jeff Mills, Richie Hawtin ou Sven Väth, todos presentes no festival Neopop de Viana do Castelo.

Há Muitas Formas de Privatizar o que é Público como as Praias
De repente criou-se a ideia de que o grande problema no eixo Tróia-Melides seriam os acessos à praia. Mas esse é apenas um dos elementos de uma questão maior: que modelo de desenvolvimento para a zona?

Ritmo. Quotidiano. Tecno.
O ritmo regula os nossos dias. Mapeia o nosso mundo interno e externo. No festival Neopop de Viana do Castelo.

Sirât: Dançar até ao Fim
Eis então uma obra onde paisagens, música, climas, morte e luto são indissociáveis como raramente acontece.

A chegada do Brutalismo a Portugal
Nenhuma singularidade neste governo. Está a seguir o figurino de outros contextos mundo fora, alguns deles, incentivados pelo fator Trump dos últimos meses.

No País da Raspadinha
A “raspadinha” faz esta quinta-feira 30 anos.. É o jogo social mais lucrativo para a Santa Casa e também o mais estigmatizado, porque relacionado com uso patológico, o que não surpreende, num país sempre à rasca. Em 2022 escrevi sobre a coisa.

Onde Andam as Alternativas a Moedas?
As eleições são daqui a pouco mais de dois meses. Criticar o consulado de Moedas é relativamente fácil. Mas não chega. Se não for agora que se projeta um outro modelo de cidade será quando?

Casais
Casais. Ninguém diga que é fácil. Mesmo que saibamos todos que não é impossível.

Buraka Som Sistema: “Isto é Kuduro! Música com Futuro!”
Este fim-de-semana foi comunicado que os Buraka Som Sistema regressarão aos palcos em 2026, no festival Alive, 10 anos depois de terem terminado, e 20 depois de terem começado.. Fui aos arquivos resgatar um artigo que fiz nessa altura: “Isto é kuduro, música proscrita com muito futuro”, escrevia então.

David Sylvian: “Com os Nine Horses Sinto-me Livre”
Em 2005, David Sylvian, o irmão Steve Jansen e o alemão Burn Friedman criaram o álbum “Snow Borne Sorrow”, que foi agora reeditado em formato fisíco, em vinil, algo que nunca tinha acontecido. Motivo para recuperar uma entrevista que fiz a David Sylvian na altura do lançamento desse mesmo disco.

Zohran Mamdani: Novidade ou retrotopia?
Muito se tem falado dele, Zohran Mamdani, 33 anos, que se descreve como socialista democrático, candidato oficial democrata para as eleições à câmara de Nova Iorque, nas autárquicas de Novembro, nos EUA. Na campanha apostou em falar claramente de habitação acessível, rendas, desigualdade, salários, transportes, saúde ou creches públicas.