Ensaios, entrevistas, reportagens, reflexões, de hoje, e do passado presente, sobre cultura, música, artes, ideias, sociedade e política. Porque isto anda tudo ligado.

O transe de RUI MOREIRA
Uma antológica de Rui Moreira no MAAT em Lisboa. Desenho e pintura onde não existe um “antes” e um “depois”, mas um fluxo contínuo onde tudo está em constante mutação, num ato relacional, que resiste a ser concluído.

A paixão por Joana e pela música de ALEX FX
Era projeto antigo do músico e produtor português Alex FX. Criar uma banda-sonora para um dos mais belos filmes mudos de sempre, realizado por Carl Dreyer em 1929. Sai agora, “The Passion of Joan of Arc - music by Alex FX”.

BARREIRO - Uma Ilha à Espera de ser Redescoberta
O que é que o Barreiro tem? Um ambiente experimental urbano, festivais, música, uma zona industrial com inúmeras possibilidades de reconversão e uma identidade assentes no associativismo. O que é que o Barreiro não tem? Talvez a capacidade para estimular o potencial que tem entre mãos.

RIGO23 e ZAPATISTAS numa instalação psicadélica
Uma exposição, na ZDB Marvila, em Lisboa, que interroga o legado revolucionário do movimento zapatista mexicano, numa lógica imersiva desenhada por Ringo23 e diversos cúmplices.

JULIANknxx e a afro-Europa na Gulbenkian
O artista britânico JulianKnxx, figura do circuito global da arte contemporânea, expõe no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, “Coro em Rememória de um Voo”, viagem pela afro-Europa, e pela Lisboa metropolitana, num trajeto partilhado, entre outros, com Tristany Mundu.

FKA TWIGS: Desafiante e Erotizante
A sua estreia há mais de dez anos foi eletrizante, com vários EPs e o magnífico álbum “LP1” de 2014, onde impunha um pop eletrónica, em câmara-lenta, retorcida e futurista. Agora lança “Eusexua”, um álbum ao nível desses lançamentos.

Música “DISCO”: Um laboratório de Liberdade
No fim-de-semana, na Philharmonie de Paris, inaugurou uma grande exposição (“Disco – I’m Coming Out”, patente até 17 de Agosto) sobre o fenómeno “disco” que irrompeu no início dos anos 70 nos EUA, para se transformar num acontecimento planetário. Enraizada na cultura afro-americana, herdeira da soul ou funk, o “disco” foi inicialmente visto como efémero, plástico e sem conteúdo político, mas viria a marcar sucessivas gerações pela dimensão sociopolítica e festiva, um laboratório de liberdade para diferentes minorias e lutas, com destaque para os direitos cívicos negros, a comunidade gay e movimentos feministas.

Quando a voz de JOHN GLACIER nos sussurra ao ouvido
Era um dos álbuns de estreia que mais suscitava curiosidade nestes primeiros meses do ano e cumpre totalmente com as expetativas. “Like a Ribbon“ da cantora John Glacier.

LCD SOUNDSYSTEM: “Agora falam bem, mas daqui a meses pode acontecer que nem se lembrem de nós”
O primeiro álbum dos LCD Soundsystem foi editado em Fevereiro de 2005. Completam-se, por isso, 20 anos por estes dias que foi lançado esse disco homónimo, que continua a ser talvez o mais impactante dos anos 2000, com ressonância ainda na atualidade. Quase um ano antes, em Maio de 2004, havia entrevistado, pela primeira vez, James Murphy, quando já se pressentia que os LCD iriam dar que falar. É esse artigo que agora partilho.

FRANCO ‘BIFO’ BERARDI: “Apenas a igualdade pode restabelecer algo humano entre humanos”
O poder já não está no Estado, enquanto organização de vontade colectiva, mas no capitalismo, na sua forma semiótica, psíquica, financeira, dizia o filósofo italiano em 2020. É difícil não lhe atribuir razão.

O ‘Louco’ e os ‘Imbecis’
Nos últimos dias devem ser as palavras que mais se lê por aí, numa menção ao “louco” do Trump e aos “imbecis” que votaram nele.

BaianaSystem: “Améfrica / A Primavera chegou”
É fácil afundarmo-nos na desesperança. Os sinais pelo mundo não são animadores. E depois existem álbuns como “O Mundo Dá Voltas” dos brasileiros BaianaSystem, com uma série de convidados, de Gilberto Gil a Dino d’ Santiago, criando uma energia de alento, prazer e vitalidade.

JOHNY PITTS: “Vi um continente europeu cheio de pessoas como eu. E isso foi uma grande descoberta”
De Moscovo a Lisboa, com passagem por Marselha ou Berlim. No livro Afropeu – A Diáspora Negra na Europa, o inglês Johny Pitts leva-nos por lugares tantas vezes invisíveis, num desafio à nossa percepção da Europa. Entrevista.

STUDIO: Rapazes Suecos na Praia
Originalmente lançado em 2006, o álbum “West Coast” da dupla de culto sueca Studio, foi agora, em 2025, relançado, e soa tão evocativo e futurista como então, mistura de evasão, música de dança e brisa rock. Na altura em que saiu, entrevistei-os.

DAVID LYNCH: Muito mais do que cinema
Quando morreu, há dias, celebrou-se o homem do cinema, mas David Lynch foi muito mais do que isso, compondo um universo singular que viria a influenciar de forma decisiva a música, as artes, a cultura e os seus imaginários, de forma global.

A GAROTA NÃO: “Neste bairro vivi tantas coisas. De um trapo inventávamos o mundo. Isso continua a guiar-me.”
Cátia Oliveira, mais conhecida como A Garota Não, lançou um álbum que é uma revisitação sentida ao bairro de Setúbal onde cresceu para a vida, a humanidade, a música e uma certa poesia.

FIDJU KITXORA: Um Tremendo Salto de Fé
2024 é o ano dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, que significaram o fim do fascismo e o acesso à liberdade, mas também, meses depois, já em 1975, a independência dos países africanos de língua oficial portuguesa.